Equinas

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        Oi amiguinhos, vocês se lembram do Ornitorrinco?

        Aquele bichinho que, apesar de ser mamífero bota ovos?

        Vocês sabiam que ele não é o único? Das 4.237 espécies de mamíferos que o homem conhece, apenas seis põem ovos. São o ornitorrinco, que vocês já conhecem, e cinco espécies de Equidnas.

        A Equidna vive na Austrália e na Nova Guiné. Essa bonitinha na foto aí em cima é a Millie, uma das mascotes das Olimpíadas de 2000 em Sidnei. 

        A equidna é muito semelhante a um ouriço, com o corpo coberto de espinhos que mostram-se rígidos e robustos medindo até 6 cm.  É um animal pequeno, pesa em média de 3 a 6 kg e mede entre 30 a 50 cm.

        As unhas são bastante adaptadas a fazer escavações. Elas costumam fazer grandes túneis onde se escondem durante o dia. Os machos, assim como os ornitorrincos, possuem um esporão venenoso nas patas traseiras.

        Possuem um focinho alongado no formato de um bico de pássaro, com uma língua comprida e pegajosa, o que auxilia na busca de alimento. A equidna come pequenos animais como formigas, cupins e minhocas e se alimenta de forma semelhante ao Tamanduá, por isso, em algumas regiões, recebem o apelido de “Tamanduá de espinhos”. A boca é pequena e não tem dentes. Às vezes, alguns animais chegam a desenvolver dentes, mas como o dente é de cartilagem acaba caindo com o tempo.

        A equidna é um animal solitário e de hábitos noturnos e costuma viver em grandes altitudes, apesar de serem encontradas desde as florestas até os desertos. Evita contato com outros membros da sua espécie fora da época de reprodução. Não são territoriais, vagueando constantemente em busca de alimento. O seu sentido da visão é extremamente apurado.

        Quando se sentem em perigo, as equidnas enrolam-se sobre si próprias para proteger a barriga com a parte espinhosa. Podem também escavar um buraco com rapidez, conseguindo enterrar-se totalmente em pouco tempo.

        As fêmeas põem ovos uma vez por ano, cerca de vinte dias depois da fecundação. Elas não constroem ninho, ao contrário do que se possa imaginar. Na época de reprodução, aparece no ventre da fêmea, uma dobra de pele que forma uma bolsa suficientemente grande para acolher o ovo, sempre único, à saída da cloaca. Os ovos são incubados nessa bolsa. Após cerca de 10 dias, os ovos chocam e as crias alimentam-se de leite materno, que sugam através de poros. Ao contrário dos outros mamíferos, as fêmeas da equidna, como as do ornitorrinco, não possuem mamilos.

        O filhote nasce sem nenhum pêlo ou espinho, portanto permanece na bolsa da mãe até que espinhos comecem a crescer . Isso acontece cerca de 50 dias após o nascimento. Depois disso, a fêmea coloca o filhote num ninho cavado na terra e o amamenta até os sete meses de idade e sua bolsa desaparece durante o período de desmame.

        A vida média de uma equidna é de cerca de 15 anos. Há, porém, um relato de um animal que atingiu, em cativeiro, 50 anos de idade.

        O único inimigo das equidnas são os homens. Os indígenas da região onde vivem apreciam muito sua carne.