História de José - Última parte

História de José - Última parte

A grande fome

        Nos primeiros sete anos, houve muito que comer. Havia muitas plantações e todas elas estavam cheias de alimentos para serem colhidos. Mas depois veios os sete anos seguintes. O Egito ficou terrivelmente seco. Tudo o que os egípcios plantavam não crescia.

        É! amiguinhos, José estava certo. Ele, com a ajuda do Papai do céu, interpretou muito bem os sonhos do rei faraó.

        José havia mandado guardar bastante comida para aquele tempo ruim. Ele mandou abrir os celeiros, onde havia alimento estocado, para ser vendido ao povo.

Primeira viagem ao Egito

 

        Mas a seca atingiu, também, outras regiões. Lá onde José morava, antes de ser vendido pelos irmãos invejosos.

        A família de Jacó, pai de José, estava passando por dificuldades por causa da seca. Ele ouviu dizer que no Egito havia comida, por isso, mandou seus filhos para lá para comprarem algum alimento.

        Jacó mandou todos os filhos para o Egito, menos Benjamim, o mais jovem dos irmãos. Jacó temia que lhe acontecesse alguma coisa.

        Quando os filhos de Jacó chegaram ao Egito, foram levados ao governador, que era José. Ele logo reconheceu seus irmãos, mas seus irmãos não o reconheceram. José se lembrou da maldade dos seus irmãos e queria saber se eles continuavam maus. José acusou os irmãos de espiões e mandou prendê-los por três dias, mas era somente para dar uma lição em seus irmãos. José os amava, apesar de tudo o que aconteceu, ele não queria fazer mal a eles. Então, depois dos três dias mandou libertá-los.

        - Se vocês não são espiões, então o que vieram fazer aqui? Disse José.

        - Viemos apenas comprar um pouco de alimento. Por favor, acredite em nós! Temos um pai velhinho e um irmão mais novo que está com ele.

        Está bem, disse José. Vou acreditar em vocês se trouxerem seu irmão mais novo.

       - Isto tudo está acontecendo porque vendemos nosso irmão José. É o Papai do céu quem está zangado com a gente por causa das nossas maldades.

       - Estou tão arrependido do que fizemos - disse um dos irmãos.

        José viu que seus irmãos estavam arrependidos de verdade. José saiu de perto deles e chorou.

        Todos puderam partir para casa, menos um dos irmãos, Simeão, que ficou preso até que os outros trouxessem o irmão mais jovem.

Segunda viagem ao Egito

        Quando a comida estava acabando, Jacó disse aos seus filhos:

        - Vão comprar mais alimento.

        - Só se levarmos Benjamim, pai. Disse um dos irmãos.

        - Não, Benjamim não vai.

        - Pai, disse Rúben, o mais velho. Pode deixá-lo ir, pois eu cuidarei dele.

        - Então, disse Jacó, levem Benjamim! Levem, também, alguns presentes para agradar o governador.

        Os irmãos de José partiram com os presentes e com o irmão mais jovem.

        Quando José viu Benjamim ficou muito feliz, pois sentia muitas saudades de seu irmão.

        José convidou seus irmãos para almoçar em sua casa. Eles ficaram com medo. Na hora da refeição todos ganharam bastante comida, mas Benjamim ganhou cinco vezes mais do que os irmãos.

        Depois da refeição, José mandou que os soldados do Egito enchessem os sacos de alimentos dos irmãos com muita comida.

        Disse José aos soldados:

        - Devolva o dinheiro que eles deram pela comida e coloquem meu copo de prata dentro do saco que pertence a Benjamim.

        - Quero ver o que eles irão fazer quando virem meu copo. Pensou José.

        Na manhã seguinte, eles se despediram. Mas logo tiveram que voltar, pois os soldados de José foram atrás deles e os acusou de terem roubado o copo de prata do governador, José. 

        Quando os soldados procuraram o copo, acharam no saco de alimento que Benjamim levava. Então os soldados levaram Benjamim preso.

        Agora, muito tristes, os outros irmãos voltaram para onde José estava e ajoelhados pediram para que libertassem Benjamim.

        Amiguinhos, vocês se lembram do sonho de José? As folhinhas de trigos dos irmãos se curvavam, enquanto a folhinha de José ficava em pé. Então esse sonho aconteceu nesse momento. Todos os irmãos estavam ajoelhados diante de José que permanecia em pé.

        - Por favor, deixe meu irmão ir embora. Permita-me ficar no lugar dele como seu escravo. Disse Judá.

        Agora, José entendeu que eles haviam aprendido a amar.

José se apresenta aos irmãos

        José pediu para que todos que estavam lá, no salão, saíssem. Só ficando ali ele e seus irmãos.

        - Eu, governador do Egito, sou José seu irmão.

        Que susto levaram seus irmãos!

       - Não fiquem tristes por terem me vendido. Vão buscar o pai. Aqui há muita comida e muito espaço para todos!

Reencontro feliz

        E foi o que aconteceu, José mandou uma porção de carroças e camelos para buscar o pai e seus parentes.

        Que reencontro feliz!

        José viveu cento e dez anos. Ficou bem velhinho. Ele viu até seus tataranetos. José foi uma pessoa bem amada.

 

 Historinha de José em quadrinho

Oi, amiguinhos, meu nome é José. Sou filho de Jacó e Raquel. Eu tenho onze irmãos e uma irmãzinha.

Gosto muito de ovelhinhas e vocês gostam de algum animalzinho?

Meu papai me deu, hoje, uma túnica bem bonita. Eu amei! Papai cuida muito bem de todos nós.

Eu estou muito feliz com a minha roupa nova, mas os meus irmãos não gostaram.

Eles estão com raiva e ciúmes de mim. Que pena! Era só eles pedirem que eu emprestaria a minha roupa. Pois eu gosto de repartir com as outras pessoas as coisas que eu tenho.

Hoje, eu tive um sonho. Sonhei que o sol e a lua junto com as estrelas se curvavam para mim.

Sonhei, também, que as folhinhas de trigos dos meus irmãos se curvavam diante da minha folhinha.

Quando eu contei para os meus irmãos o sonho que tive, eles não gostaram. Ficaram mais bravos ainda comigo. Pois eles diziam que o sonho queria dizer que um dia eu seria uma pessoa muito poderosa.

Meus irmãos me jogaram em um buraco bem fundo e depois me venderam para umas pessoas esquisitas. Meu papai pensa que eu estou morto.

Estou com tanta saudade da minha família! Eu não estou com raiva dos meus irmãos. Pois apesar do que aconteceu eu os amo muito.

Eu estou preso aqui por causa da mulher do meu patrão que disse que eu era um empregado mau. Ela disse um monte de coisas feias de mim, mas nada é verdade.

Eu não tenho raiva dela. Quando chega à noite eu rezo para o Papai do céu perdoar os meus irmãos e a mulher do meu patrão.

Quando eu estava na prisão, fiz alguns amigos e falei o que os sonhos deles queriam dizer. Eu revelei também os sonhos do rei faraó. Ele gostou tanto da  minha inteligência!

Amiguinhos, precisamos estudar muito, fazer todos os deverzinhos de casa e ler todo dia a bíblia sagrada.

Quando eu não sabia ler eu pedia para os meus pais.

 

Com a fome e a seca por todos os lugares, meus irmãos vieram comprar um pouco de comida aqui no Egito onde eu sou o governador agora.

Eu, quando vi meus irmãos, fiquei muito feliz e sei que o Papai do céu ouviu as minhas orações quando eu pedi para que cuidasse deles. Meus irmãos tinham razão, o meu sonho de que um dia eu seria uma pessoa poderosa se realizou.

Eu, para dar uma lição aos meus irmãos, coloquei eles na prisão por três dias, depois os libertei para que fossem embora. Mas deixei um deles preso e falei que se eles voltassem deveriam trazer seu irmãozinho mais jovem, Benjamim.

Eles voltaram ao Egito para comprar mais alimentos e como eu pedi, eles trouxeram Benjamim. Eu fiquei muito feliz. Chamei todos para jantar comigo. 

Eu disse a eles que eu era José, o irmão deles. Eles ficaram com medo, pois eu tenho poder para prendê-los ou matá-los. Mas sabe o que eu fiz, amiguinhos? Eu perdoei todos eles e mandei que fossem buscar o papai para morarmos juntos aqui no Egito.